domingo, 31 de julho de 2016

FIM DE SEMESTRE

E mais um semestre chega ao final. Muita correria para acabar as atividades, preparar a Síntese Reflexiva e principalmente chegar nas quinze postagens do Blog.
Foi um semestre complicado pra mim pois tive alguns imprevistos pessoais e fiquei afastada da escola mais da metade do semestre escolar, mas na faculdade pude acompanhar as aulas presenciais  e não perdi as melhores interdisciplinas que compõe o curso.
Brincamos , cantamos, lemos muitas histórias, poemas e poesias, conheci Libras e até estou aprendendo a fazer um Projeto de Aprendizagem. 
Volto esta semana para minhas turmas cheia de idéias novas, muitos jogos e brincadeiras para estimular e desenvolver várias áreas do aprendizado, músicas e confecção de instrumentos para trabalhar ritmo, melodia e principalmente a musicalidade, novos livros para trabalhar  as diferenças entre tantas novidades.
Próximo semestre será melhor, sempre brincando, sempre cantando, sempre crescendo, sempre aprendendo,sempre repassando tudo isso para minhas crianças e principalmente sempre pra frente.

MUSICALIZAÇÃO INFANTIL


A musicalização infantil é um poderoso instrumento na educação. A musicalização desenvolve na criança a sensibilidade musical, a concentração, a coordenação motora, a socialização, o respeito a si próprio e ao grupo, a rapidez de raciocínio, a disciplina pessoal, o equilíbrio emocional dentre outras tantas qualidades que ajudam na formação do indivíduo. Antes de nascer, ainda no útero da mãe, a criança já entra em contato com elementos fundamentais da música como o ritmo, através das vibrações e pulsações do coração da mãe.

Li uma reportagem onde diz que o tambor talvez seja o instrumento musical mais primitivo de todos. Além de ter a ver com o ritmo de qualquer música, ele também está associado à comunicação entre as pessoas. Os índios africanos se comunicavam à distancia por tambores.

Observando as crianças, vejo que o tambor é um dos  primeiro instrumento que elas descobrem quando ainda são bebês usando panelas, baldes, caixas de papelão, latas ou qualquer outro objeto que se assemelhe para baterem como se fosse um tambor.
Pensando nisso, juntei algumas idéias para levar a minha sala de aula e confeccionar com eles esse instrumento, fazendo uso de sucatas.
A idéia é desenvolver e estimular sua musicalização envolvendo a criatividade  proporcionando alegria e prazer no aprendizado.



terça-feira, 26 de julho de 2016

BRINCAR POR BRINCAR



http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/jornal-da-eptv/videos/t/edicoes/v/estudo-da-unicamp-revela-que-as-criancas-precisam-ter-mais-tempo-para-brincar/5106477/


Essa reportagem mostra que estudos realizados comprovam que o brincar por brincar é muito importante também para as nossas crianças e que sempre há aprendizado mesmo que esse brincar não esteja dentro de algum planejamento.
A criança hoje em dia tem o tempo todo direcionado na escola e muitas vezes até fora dela com atividades extras o que faz com que a criança não tenha tempo para brincar livremente. E algumas escolas até mesmo o recreio é direcionado não dando liberdade da criança criar sua própria brincadeira. A criança brincando livre fica mais feliz e exercita vários fatores que são importantíssimos para o desenvolvimento integral deles.
Olhando o vídeo e vendo a alegria das crianças devemos pensar o quanto faz bem eles apensa serem crianças e simplesmente brincarem por brincar.

sábado, 23 de julho de 2016

UM POUCO DE TEORIA DO BRINCAR

Que brincar é importante fundamental para as crianças todos sabemos mas neste semestre tivemos a oportunidade de fazer várias leituras a respeito e conhecer um pouco da teoria dessa importância.
A que mais me chamou atenção foi Winnicott  que defende que a personalidade da pessoa é formada através de experiências da infância e por isso constatou a importância do brincar desde os primeiros anos de vida defendendo que nesse momento  através de brincadeiras se forma a identidade.
Fica bem claro nas leituras a importância do brincar nas diversas fases de desenvolvimento da criança desde os primeiros meses de vida onde através da mãe a criança adquire segurança e autonomia seguindo o processo do desenvolvimento humano até a fase adulta. Podemos acompanhar essa evolução através da classificação dos jogos segundo Piaget. Tais jogos seguem uma ordem  onde cada etapa de desenvolvimento depende da anterior seguindo uma graduação de complexidade nas ações realizadas pela criança de uma maneira seqüencial.  os jogos são classificados em JOGOS DE EXERCÍCIO, JOGOS SIMBÓLICOS E JOGOS DE REGRAS.
Jogos de exercícios aparece no primeiro período de desenvolvimento  onde a criança começa a explorar o mundo, nessa fase a criança começa a conhecer e dominar seus sentidos, seus movimentos e sensações  Esse período é acentuado principalmente nos primeiros dezoito meses, mas permanece por toda a vida.
Jogos simbólicos acontecem entre dois até sete anos e é a fase onde a criança representa atividades da vida real. O Jogo Simbólico permite que a criança desenvolva a imaginação e compreenda o mundo e a realidade.
Jogos de Regras começam a aparecer aos quatro anos de idade e nunca mais desaparecem. Piaget diz que esses jogos envolvem combinações sensórios motoras(corridas, lançamentos de bolinhas) ou intelectuais(xadrez, cartas, dama)de competência dos envolvidos e regulados por um código transmitidos de geração em geração ou por acordos improvisados.

BRINCAR II

Observar uma criança brincando é algo sensacional  e mágico simplesmente.  Não canso nunca de observa-los em suas brincadeiras tentando imaginar o que cada cabecinha pensa em seu universo particular.  Adorava observar meu filho que hoje tem 9 anos e infelizmente não brinca mais dessa brincadeira que é reproduzir o filme AVATAR no sofá da sala em frente a televisão com vários objetos criados por ele mesmo. 
Há 4 anos atrás eu e ele ficamos sozinhos no final do ano e resolvemos fazer um programa diferente no ultimo dia do ano e decidimos comprar um filme e umas balas e ele escolheu o filme Avatar que pensei que não iria entender e não aguentar por ser um filme longo. Vimos o filme juntos e depois durante 24 horas ele deve ter visto sozinho umas 5 vezes mais o filme de tanto que adorou. Resumindo, ele incorporou o personagem do filme e se transformou, na sua fantasia maravilhosa, em um Avatar e fez do sofá da sala e da escada  o cenário do filme, ele mesmo fez um arco e umas flechas com réguas e peças de jogos, fez uma coroa com fitas que ficavam penduradas e que ele encaixava no encosto do sofá como se fosse o cavalo reproduzindo como era no filme. Essa brincadeira dele durou quase um ano, ele brincava sozinho com o filme ligado e fazia todos os gestos iguais, aprendeu os diálogos e ali ele se transformava no Avatar e entrava para aquele mundo de fantasia, e eu adorava observar, enquanto fingia que estava lendo alguma coisa, sentada em outra cadeira. Naquela brincadeira ele desenvolvia a linguagem, a atenção, a coordenação, os movimentos além da imaginação e da criatividade. Hoje ele já não brinca mais disso, mas com certeza essa brincadeira será eterna pra ele. Hoje ele tem 9 anos, as brincadeiras estão mudando, ele gosta de jogos de tabuleiro,entrou para um grupo de escoteiros, gosta muito de cinema e diz que quer ser diretor de cinema quando crescer . Fico pensando se quem sabe aquela brincadeira não despertou esse desejo e quem sabe se essa brincadeira é que vai leva-lo a ser quem ele quer ser no futuro? Como disse Winnicott, que é através das brincadeiras que se constrói a identidade.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

GÊNERO E CONTOS DE FADAS

Achei muito interessante o tema sobre a questão de gênero nos contos de fada que trabalhamos na disciplina de Literatura Infantil
A figura feminina é sempre aquela moça linda, branquinha que usa um vestido lindo, que tem cabelos maravilhosos, sensível, sofrida, geralmente são frágeis e precisam da figura masculina para salva-las e faze-las felizes. Já a figura masculina  são fortes, corajosos e valentes.
Como trabalhar isso hoje em dia com nossas crianças em um mundo onde as mulheres já não são e nem sonham mais com o modelo de princesas e nem todos os meninos são príncipes encantados.
 Embora ainda existam ainda mulheres semelhantes ao de contos de fadas, meninas criadas voltadas a valorização da beleza, criadas e educadas para fazerem um bom casamento e as princesas ainda exerçam um encanto nas meninas, a grande maioria das mulheres hoje em dia são muito diferentes, trabalham, não dependem de homens, não vivem em função da beleza e dão um outro exemplo para seus filhos. E o mesmo acontece com os meninos
Precisamos escolher bons livros que mostrem toda a fantasia mas também toda a nossa realidade o que não impede que muitos sonhem um dia encontrar um "par" (príncipe ou princesa)  pois uma semelhança que vejo nos personagens de contos de fadas e jovens de hoje é a sensibilidade e o sonho de viverem felizes para sempre.


E SE O MUNDO FOSSE SURDO?(reflexão a partir do filme "Sou surda e não sabia")

                 Se o mundo fosse surdo, e eu não, certamente me sentiria deslocada. Sentiria que há algo em mim que não há nos outros. Sentiria que poderia usar minha voz para me expressar, e que minha voz não seria reconhecida. Bem como os surdos utilizam os sinais, e suas expressões, e tantas vezes não são reconhecidos. Provavelmente, não me sentiria totalmente identificada com aquelas pessoas, pois meus sentidos estariam, em boa parte, ligados a minha capacidade auditiva, enquanto as outras pessoas teriam seus sentidos atrelados a outras. Se eu não tivesse acesso à linguagem de sinais, tal qual os surdos não têm acesso à linguagem oral, certamente me sentiria frustrada por não poder me identificar com aquelas pessoas. Se me encontrasse sozinha nessa situação, como tantas vezes surdos encontram-se sozinhos em meio a pessoas que ouvem, me sentiria sem identidade, deslocada, afastada dos demais, e principalmente menosprezada por não poder me inserir naquele grupo.
Acho muito interessante fazer esse tipo de reflexão. Penso na menina Sandrine do filme “sou surda e não sabia”. Ela é um exemplo de como uma pessoa pode sentir-se oprimida num meio em que não é compreendida, mesmo que seja no meio familiar com pessoas que a amam. É importante que façamos esse exercício de colocar-nos no lugar do outro para melhor compreendê-lo. Devemos perceber que muitas vezes os surdos ficam à margem de uma inclusão social pois isso lhes é imposto, uma vez que a acessibilidade não é plenamente oferecida a esse grupo. Devemos nos conscientizar e cada vez empreender mais, em especial nas nossas escolas, para que essa inclusão seja feita de forma construtiva, não só para o surdo, mas para toda a comunidade escolar.


IDENTIDADE LINGUISTICA

Somos intelectuais em busca de uma produção política legítima para a educação dos surdos, que significa uma política educacional permeada pelas necessidades e anseios dos alunos; uma política que condiz com nossa luta, com nossas experiências de vida, com nossos anseios pelos e ao lado de nossos pares surdos, em busca do direito de as crianças surdas terem, desde a mais tenra idade, a possibilidade de adquirir a Identidade Linguística da Comunidade Surda. Arthières (2004) tem razão quando descreve o pensamento de Foucault sobre a posição do intelectual específico, “que não expunha um discurso sobre os acontecimentos, mas atravessava fisicamente cada um deles, e era dessa experiência única que um verdadeiro diagnóstico podia emergir”.

Acho muito interessante pensar na "possibilidade de adquirir uma identidade linguística da comunidade surda". Vejo a língua como um dos grandes responsáveis pelo reconhecimento de identidade. Nós nos identificamos uns com os outros principalmente pela língua, entre outros aspectos. A língua carrega cultura, costumes, história, que nos une enquanto sujeitos que a compartilham.

Os surdos não devem ter simplesmente a "possibilidade" de terem essa identidade linguística, mas o direito.


Por isso me pergunto: até quando esse DIREITO será privado aos surdos que não têm acesso a uma educação bilíngue? Até quando as políticas públicas e educacionais privarão essas pessoas (principalmente as crianças) de constituírem sua IDENTIDADE?

REFLETINDO SOBRE O "VER" E O "OLHAR"




VER ESTÁ LIGADO ÀS HABILIDADES FISIOLÓGICAS DA VISÃO. OLHAS ESTÁ LIGADO ÀS HABILIDADES SENSITIVAS, AFETIVAS E SOCIAIS

Ver é um "olhar" frio, sem interesse, sem intenção de envolvimento, apenas enxergar, tomar conhecimento que aquilo existe.
Olhar é diferente, o olhar necessita uma atenção especial, um momento dedicado à aquela ação. O olhar é algo mais humano, mais caloroso com o objetivo de sentir o que acontece por trás daquela visão.

A partir de leituras sobre o assunto passei a refletir sobre minha forma de ver e olhar minhas crianças na escola. Vejo elas chegarem todos os dias com seus pais ou com quem as leva, vejo como estão vestidas, vejo suas mochilas e o que trazem dentro delas. Vejo aquelas que vem desabrigadas com o nariz correndo ou com as mãos sujas assim como vejo aquelas que chegam mostrando sua roupa ou sapato novo. Vejo o sorriso ou a lagrima no rosto de cada uma. Esse "ver" é rápido, levam alguns minutos apenas. No momento que estamos todos dentro da sala de aula começo a olhar para cada um, olhar além daquele sorriso, daquela lagrima, daquelas mãozinhas sujas, daquele sapato novo. Olhando sinto o que cada um carrega , o que cada um sente, o que cada um pensa.

Olhando conseguimos decifrar o que vemos. E é o olhar que nos faz professoras.




BRINCAR I

"O brincar é a principal atividade da criança na vida; através do brincar ela aprende as habilidades para sobreviver e descobre algum padrão no mundo confuso em que nasceu (Lee, 1977)"





Acho sensacional esse vídeo do meu filho, com 6 anos ele planejou e filmou essa propaganda com um celular . Aqui eu vejo a brincadeira dele como uma atividade fantasiosa mas ao mesmo tempo que ele leva a sério como um trabalho. Aqui ele imita um apresentador de televisão querendo vender um produto. Considero essa brincadeira dentro dos jogos simbólicos assimilando a realidade e realizando fantasias.
Todo o contexto que estávamos vivendo naquele momento, onde a casa estava desorganizada pela mudança de quartos das irmãs, havia muitas roupas para dobrar e guardar e possivelmente eu estaria reclamando pela limpeza, ele no meio da situação criou em sua fantasia uma solução, um produto de limpeza para solucionar os problemas, o que exemplifica e  ilustra a citação acima.

TRABALHANDO IGUALDADE



Trabalhar com as diferenças e sobre elas é uma tarefa delicada e a literatura é um meio maravilhoso e perfeito pra isso pois há sempre uma identificação do leitor com o personagem como há na criança que escuta a história com a sua realidade. Vejo que a literatura infantil vem se tornando cada vez mais rica no assunto mas realmente devemos estar atentos a cada abordagem e a cada realidade de nossos alunos por isso a escolha dos livros é importante. 
Na Ed Infantil, que é a minha área, vejo que é fundamental o trabalho através da literatura pois é nessa fase do desenvolvimento de nossas crianças que conseguimos incutir neles os melhores valores possíveis a respeito de igualde. 
Este ano estou  vivenciando uma situação com o meu filho e o pai dele que teve uma filha há dois meses e a menina tem Síndrome de Down. O pai está simplesmente em estado de choque achando que o mundo acabou pra ele mas meu filho de 9 anos está simplesmente apaixonado e encantado com a irmãzinha e a conversa deles sobre o assunto foi extremamente comovente e me mostrou uma grande diferença entre gerações em relação ao preconceito . Essa situação e várias que eu venho observando, me fazem pensar que cada vez mais as novas gerações estão se formando livres desses preconceitos e a literatura infantil que trata de inclusão tem sido uma arma poderosa pra isso pois através dessas histórias lindas que nossas crianças ouvem na escola, elas estão formando seus valores muito diferentes que seus pais ou avós.
Quem é diferente? Penso que isso é um tópico que devemos realmente pensar e trabalhar em nossas crianças pois quando o pai do meu filho veio dizer a ele que a irmã tinha "problemas" e nunca seria igual a ele a resposta imediata do meu filho de 9 anos foi : " pai, problemas tens tu de pensares que ela será diferente de mim". Tenho certeza que a literatura fez meu filho pensar assim.


REFLETINDO SOBRE O BRINCAR



A questão do brincar é um tema tão amplo e tão importante que posso dizer que é a minha maior inquietação desde que comecei a trabalhar com a Educação Infantil. Sabemos que o brincar sempre existiu na vida dos seres humanos , bem antes de tantos estudos e pesquisas sobre o assunto. Há evidências que ao longo do tempo e da história e em todos os lugares, os seres humanos brincavam. Com a diminuição do espaço físico para essa atividade e o aparecimento da escola, depois a industria de brinquedos, logo a influência da televisão e toda a tecnologia que praticamente nos atropelou, vejo que houve e há um movimento pelo resgate do brincar e daí a necessidade de demonstrar a sua importância em novas pesquisas e estudos.
Além de meus alunos tenho um filho de 9 anos que acompanho muito o seu  desenvolvimento observando suas brincadeiras em cada fase e em cada etapa do seu crescimento e que agora lendo e estudando a respeito posso me posicionar mais claramente sobre o assunto. 
Desde que comecei a trabalhar com crianças de 5 anos sempre deixei eles brincarem muito nas atividades propostas dentro de meus objetivos, e muitas vezes fui muito criticada na escola por algumas supervisoras que queriam uma rotina  com mais atividades acadêmicas, com mais horários de silêncio, de trabalho de "treino" de escrita e leitura. Hoje estudando e lendo a respeito me sinto mais tranquila e mais feliz pois me dou conta que não errei e não estou errando. Posso sim e vou me aperfeiçoar em como trabalhar de maneira lúdica proporcionando a eles não só momentos alegres e de farras mas também de aprendizagem. E não tenho a menor dúvida de que brincando a aprendizagem além de ser muito mais prazerosa é também muito mais eficiente.





quinta-feira, 21 de julho de 2016

PROJETO LETRALÂNDIA











"O Projeto Letralândia tem como principal meta propiciar um ambiente lúdico, comprometido com a construção de aprendizagens significativas, objetivando o desenvolvimento da consciência fonológica, a alfabetização e o letramento junto às crianças que apresentam maior dificuldade no avanço das hipóteses de escrita durante o processo de alfabetização.   
 Considerando as dimensões científicas, culturais e artísticas dos alunos envolvidos, propõe um ambiente onde alegria e aprendizagem sejam inseparáveis, viabilizando a construção e reconstrução de experiências inteligentes e afetivas, formação de valores e atitudes, estabelecendo vínculos interpessoais e desenvolvimento de habilidades e competências, favorecendo o desenvolvimento integral de cada criança, propiciando desta forma, a socialização/promoção dos alunos(as) com o intuito de formar sujeitos críticos, autônomos, participativos e humanizados."

Essa Proposta Educacional foi desenvolvida pela Professora Jussimara Rocha, minha colega e amiga pessoal e é totalmente voltada para o lúdico. As crianças participam do projeto  no horário inverso as aulas normais. Funciona com turmas pequenas de poucos alunos. Pessoalmente já vi o avanço de muitas crianças que não conseguiam se alfabetizar e que em questão de menos de dois meses já estavam escrevendo.O que nos faz pensar como é importante a brincadeira, como é importante não mudar o mundo da fantasia das crianças esperando que elas respondam positivamente com tudo que impomos numa sala de aula tradicional.
Vale a pena conhecer.


segunda-feira, 18 de julho de 2016

SOBRE MUSICALIDADE




       Diria que musicalidade é o som que o desenrolar da vida produz. Cada instante, cada situação tem uma musicalidade. A musicalidade das tardes de um sábado ensolarado, a musicalidade de uma manhã de domingo. Minha infância tem uma musicalidade. São sons, músicas, vozes que ouço e que me transportam a certos momentos já vividos. Só a musicalidade tem esse poder.
     A música tem uma presença muito significante na minha vida e faz parte do meu dia a dia. Quando preciso de um estímulo, quando preciso me animar, quando preciso descansar ou me aquietar. A música é uma grande companheira. 
   Mas o mais significativo é que tenho músicas que me lembram momentos pontuais do meu passado, e que tem o poder de me levarem até lá com o simples ouvir.

terça-feira, 29 de março de 2016

LER PARA BEM ESCREVER

     Preocupada , para não dizer desesperada, em relação as postagens do blog, resolvi dar uma olhada em algumas revistas de linguagem e  ler alguns artigos referentes ao assunto para me munir de alguma ideia do que escrever. Encontrei uma reportagem que li e gostei sobre a necessidade e a importância da leitura para uma boa escrita pois "metade do trabalho do escritor é a leitura" e "ninguém é escritor sem ler", dizeres um tanto óbvios mas, no entanto, é cada vez mais comum ouvir pessoas  querendo ser escritores mas não tendo tempo para dedicar-se a leitura.
       Nesse contexto Bráulio Tavares, autor da matéria na Revista Língua, abril de 2014 da Editora Segmento, fala que é preciso criar um método de leitura para facilitar o processo da escrita com técnica e sugere alguns passos:
   -DAR RITMO ou seja, ler uma primeira vez para assimilar a ideia, para entender os fatos, visualizar o ambiente e logo de conhecer do que se trata, reler prestando a atenção, concentrando-se e examinando a escrita;
   -ANOTAR  ler anotando, sublinhando trechos importantes, destacando nomes, marcando parágrafos com informações que possam ser necessárias 
    -LER PENSANDO ler e reler pensando "Por que foi que achei isto tão bom?" como o autor fez com que eu gostasse disso?, como ele conseguiu causar esse efeito?, e tentar imitar pois imitar não é errado, é estudo,é pratica, é tentar reproduzir o mesmo efeito em nossos leitores. E quando conseguirmos dominar esse truque, não será mais uma imitação, e sim uma prática natural na nossa escrita. É bom também fazer a mesma coisa(ler, reler e examinar) quando achar algo muito ruim e responder  a pergunta "Por que não gostei disso? Isso com certeza nos ajudará a não cometer o mesmo erro.
      Logo, li , reli, anotei, pensei e conclui o quanto é importante o domínio da leitura para poder  estruturar  aquilo que vamos escrever para que se torne uma leitura interessante e prazerosa para quem ler.
     E depois de cada postagem me pergunto sempre "Gostaria de ter ter lido isto que acabei de escrever?"

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

INFÂNCIA E PÓS MODERNIDADE


 CARACTERÍSTICAS DO PÓS-MODERNISMO

*Imediatismo, instantâneo: tudo para agora. Imediatismo “do ser” e “do se fazer “ neste momento, agora, já; e outro sentido que as coisas não duram, são descartáveis como os desejos – o que desejo agora não é o que desejarei daqui a pouco.

*Consumo – consumir é a lei nos tempos pós-modernos, não importando se é realmente necessário, consumir por estatuas tendo ou não condições, consumo esse que não é apenas de bens materiais (descartáveis e duráveis), mas, principalmente, do consumo de significados muitas vezes produzidos por uma cultura comum e não pelo sujeito e sua cultura própria.

*Mídia – ditando regras de consumo, de comportamento, de necessidades, de posicionamento e opinião, impondo regras em relação a ser consumidor e ao que deve ser consumido.


Bauman utiliza os termos “fluidez e liquidez” para caracterizar este período em que a sociedade vive.
Não há mais espaço para o duradouro nesses tempos onde tudo se transforma rapidamente.
Hoje, questões que se mostravam seguras em tempos atrás, como trabalho e equilíbrio econômico, foram substituídos por uma insegurança pois o que tínhamos hoje como certo e seguro, amanhã já não teremos. Tudo é momentâneo em sua duração e em tempo de mudança.
Essa mesma mídia formadora da cultura do consumo também reproduz modelos e símbolos do que deve ser a “verdade”, o belo, o padrão, o aceitável, o importante no momento.
Consumir esses símbolos e seguir esses modelos é prioridade para não ficarmos à margem da sociedade.



E, no meio desse cenário, estão as crianças que hoje são o maior e mais rentável nicho do consumo mundial.
A criança da pós-modernidade está tão inserida no mundo do consumo que banalizou esse constante e variável desejo desenfreado de possuir tudo o que a mídia apresenta, como possuir o que está na moda, a marca do momento, as últimas tecnologias, sem caber julgar a importância ou a validade destas, mas sim a velocidade com que elas se atualizam. Até mesmo crianças sem poder econômico para essa constante mudança do que é o “importante agora” se veem como consumidoras não somente de bens materiais, mas também de ícones fabricados pela mídia como personagens de desenho, super-heróis e tendências da moda.

Crianças nascidas nesse mundo consumista tem maior facilidade para descartar desejos e necessidades, o que as torna não apenas um alvo fácil das propagandas, mas também lhes confere o poder de convencer as famílias ao consumo.

Abordando a temática da sexualidade com nossas crianças: Informação e prevenção

Li este artigo do Dr René Schubert, no site (www.pedagobrasil.com.br) e achei super interessante e importante compartilhar para reflexão já que perdi a postagem sobre o assunto no Fórum  da disciplina.


Quanto ao tema 'prevenção da pedofilia', obter informações sobre esta é o primeiro passo. Informar-se, debater e refletir sobre o tema é a primeira forma de prevenção. Só que neste ponto surgem dúvidas nos pais, educadores, adultos de forma geral: como e de que forma abordar o tema da pedofilia com as crianças?
Os adultos se informam, buscam conhecimento e aplicam leis e saberes a partir de seus estudos e vivências. Podem se informar sobre a pedofilia mas e quando a questão é falar sobre pedofilia à criança? Como nomear isto para uma criança?
É, a partir deste ponto percebemos que a questão não se restringe só ao debate da pedofilia, antes disto vem à tona o falar sobre sexualidade com a criança. Assunto considerado pela maioria dos adultos como "difícil e cabeludo". Por ser considerado desta forma, este acaba não sendo abordado e discutido com as crianças. A família acha que a criança é muito nova e posterga, dizendo que na escola ela estará "mais madura" e será instruída. Na escola, os educadores partem do princípio que a criança já foi instruída em casa e não querem tocar neste assunto "delicado e difícil", com medo de "excitar e levar a criança a maus pensamentos e comportamentos". Falar de pedofilia, abuso sexual, que seria um passo posterior, é possível desta forma?
Como explicar a questão do corpo, da intimidade e limites do corpo, do que é público e do que é da privacidade, de toques e carícias, de abuso e contato sexual....sem antes abordar a sexualidade?
Desta forma ninguém toca a "coisa". A coisa sexual, que é motivo de tantas piadas, brincadeiras, jogos e histórias no universo adulto e paradoxalmente tão negada ao universo infantil. Como se a criança não fosse Sujeito de um corpo, de sensações, de desejo, de questionamentos, enfim de uma sexualidade.
Antes de mais nada é importante definirmos sexualidade: após as descobertas da psicanálise no começo do século passado (especificamente em 1905) a sexualidade mudou um pouco de significado, deixando de ser um sinônimo de ato sexual para abranger todos os movimentos de busca de prazer e satisfação. A sexualidade engloba uma série de excitações e de atividades presentes desde a infância que proporcionam grande prazer na satisfação de uma necessidade fisiológica fundamental (exemplo: respiração, amamentação, função de excreção, toques pelo corpo e milhares de outros).
Inclui-se na sexualidade, fora o próprio ato sexual, toda uma série de excitações corporais, a sensualidade, a curiosidade pelo corpo (próprio e o alheio), a sedução, modos de se pintar e vestir, os jogos sexuais, os comportamentos sexuais e assim por diante. Sexualidade: essa palavra contém em si um erro comumente cometido por nós. Sexualidade não quer dizer apenas o sexo ou ato sexual.
Desta maneira, quando se fala de sexualidade infantil, não se quer dizer ato sexual ou movimentos de sexualidade erótica e/ou pornográfica na criança. A sexualidade infantil é a busca por satisfação, por sensações prazeirosas independentes de ato sexual. Esta busca está inicialmente ligada às sensações corporais e posteriormente às duvidas e questionamentos quanto ao corpo, suas funções, e principalmente, seu surgimento e origem.
Faz parte da opinião popular, quando se fala sobre sexualidade, achar que a mesma está ausente na infância e só despertará no período da vida designado de puberdade. Mas esse não é apenas um erro qualquer e comum, mas sim um equívoco de graves conseqüências, pois é o principal culpado de nossa ignorância de hoje sobre as condições básicas da vida sexual - Sigmund Freud abordou isto em 1905, e mesmo passado tanto tempo, ainda hoje encontramos muitas dúvidas sobre este tema, principalmente quando confrontados com este por intermédio das tentativas e descobertas curiosas de nossas crianças (independente de uma idade maior ou menor). Ainda hoje somos surpreendidos e não acreditamos na sexualidade infantil.
O fato é que ela existe e, cedo ou tarde vai se perfilar frente aos nossos olhos e ouvidos com perguntas insistentes tais como: "Pai, a cadeira tem pipi? Cadê o pipi da Maria? Meninas tem pipi pequeno? De onde veio a Maria? Por que meu pipi fica assim? Mãe por que o meu não é igual o do Pedro? Cadê meu pipi? Como o bebê foi parar dentro da mamãe?" e por meio de tentativas de descoberta corporal pela criança.
A aventura do descobrimento começa já nos primeiros meses, quando o bebê experimenta o prazer de explorar o próprio corpo, e se acentua nos anos seguinte quando sua atenção se volta para o corpo dos pais e de outras crianças.
As descobertas corporais na criança são tão naturais quanto aprender a andar, falar e brincar - todas as crianças passam por essa fase e fenômenos. Mas o adulto nega este acontecimento ou muitas vezes olha para o mesmo como se fosse uma aberração na criança.
Há uma clara incongruência na linguagem sexual do adulto, que é erótica, com a linguagem sexual da criança, que busca prazer por meio da descoberta de seu corpo - a primeira linguagem é genitalizada (adulto), a segunda é sensual (infantil). O adulto interpreta os fenômenos da sexualidade infantil a partir de seu referencial, por isso julga-a erroneamente pela via do erotismo ( FERENCZI,)
Na maioria das vezes, a distancia entre a moral do universo adulto e a ausência de pudor infantil resulta em ensinamentos cheios de "tira a mão daí, isso não pode fazer porque é feio, nojento, tem vergonha na cara, que absurdo, me respeite seu safado" - tratar o assunto com a naturalidade que merece é condição fundamental para possibilitar um diálogo aberto e saudável adulto-criança.
Ralar ou castigar a criança com reações extremadas quando esta está descobrindo seu corpo é pior, por que ela dificilmente vai abandonar o que lhe dá prazer, só o fará escondido. Muitas vezes a repressão do adulto é entendida pela criança como se ela fizesse algo muito errado e que fosse sujo ou inadequado. A criança fica com uma imagem deformada do que é a sexualidade e como reagir aos fenômenos de seu corpo. A sexualidade deixa de ser algo natural para tornar-se algo vergonhoso, motivo de receio ou fruto proibido.
E é exatamente por intermédio destas tentativas infantis de descoberta e questionamentos voltados ao seu corpo e origem que o adulto tem a chance de abordar o que é sexualidade humana, suas apresentações, conceitos (do que é adequado, do que é privado, da intimidade) e repercuções.
O homem, sendo um ser Bio-Psico- Social ( é influenciado por fatores biológicos tais como a genética, hereditariedade / fatores psicológicos tais como sua historia pessoal, emoções, sentimentos, caráter entre outros / e fatores sociais como a cultura em que nasceu e regras e leis sociais as quais responde como responsável, como cidadão ), desenvolveu-se desde a infância a partir de suas relações reais e/ou fantasiosas com as figuras materna e paterna ( nisso inclui-se quem faz a função materna e função paterna ). A base de sua segurança e senso de orientação estão nesses primeiros relacionamentos - o olhar e falar do outro traduz e apresenta-lhe a realidade. Sem a presença de outros surgem sentimentos de possível inadequação e insegurança. Todo ser humano adquire grande parte do senso de sua própria realidade pelo que os outros dizem e pensam a seu respeito.
Aquele que representa a figura de respeito e cuidado, o responsável pela criança será o tradutor da realidade para a criança e até para o adolescente - suas intervenções, falas, atos mostrarão ao jovem o que é saudável, o que é inadequado, o que socialmente se espera dele e o que não é aceitado e punido pela lei.
Por isso a função materna e/ou paterna é tão importante: ela direcionara e dará noções sociais e orientações para os movimentos sexuais do infante. Cabe àquele que executa tal função inicialmente escutar o que o a criança tem a dizer sobre suas investigações ou investidas sexuais, para a partir deste momento debater, explicar, conversar sobre o fenômeno.
Falar de sexualidade é difícil e embaraçoso para os pais e, é por esta razão que, a educação sexual nas escolas e a informação adequada disponível na comunidade, exercem um papel tão importante. Mas para que a comunicação com o a criança e o adolescente possa ocorrer, tanto em casa como no meio escolar, deve ser proporcionado um ambiente de compreensão, de sinceridade e de aceitação e respeito pela criança e suas dúvidas, sem fazer julgamentos de valor sobre as mesmas ou recriminá-la por suas questões ou apresentações.
Uma ressalva mostra-se importante: não dispare as informações de uma vez para a criança ou adolescente, esclareça e pontue a partir das dúvidas ou comportamentos apresentados. Se a criança pergunta por que a irmã não tem pipi, não é preciso explicar ato sexual ou gravidez, explique sobre a diferença entre homens e mulheres, meninos e meninas. Responda o que foi perguntado sem muitos rodeios ou elocubrações. Use palavras e expressões que sejam próximas à criança e esteja aberto para as geralmente comuns teorias fantasiosas que a criança lhe apresentar - escute atentamente e depois pontue o que é real do que é fantasioso. A criança coloca suas dúvidas aos poucos e se lha respondemos aos poucos teremos sua confiança e compreensão, agora se a ludibriarmos ou tentarmos explicar cientificamente e verborrágicamente tudo, ela procurará outros meios para satisfazer suas dúvidas e fantasias.
Sintetizando, existe um conjunto de informações muito importantes a serem transmitidas às crianças e aos adolescentes:
" Conversar sobre sexualidade (órgãos e fisiologia/funcionamento aparelho reprodutor, intimidade corporal, ato sexual, reprodução, gravidez, parto, entre outros), quando isto mostrar-se oportuno ou necessário;
" Abordar conceitos como intimidade e privacidade;
" Manter-se informado(a) sobre os movimentos da sexualidade no âmbito nacional e internacional (Exemplos atuais: os relacionamentos casuais, ficar / namorar, aumento nos casos de divórcio e diminuição de casamentos, sexo virtual, Homo-hétero- , Trans- e bissexualidade como formas atuais de busca de prazer, entre outros)
" Abordar a importância da comunicação e respeito com e pelo(a)s parceiro(a)s;
" Informar sobre os riscos de saúde da atividade sexual (doenças sexualmente transmissíveis);
" Esclarecer quais os riscos e conseqüências da gravidez na adolescência;
" Informar quais os métodos contraceptivos;
" Explicar onde encontrar mais informação ou procurar ajuda profissional (ginecologista, urologista, sexólogo, psicólogo, etc);

A partir do momento em que o tema da sexualidade for mais tranqüilo e motivo de aproximação entre pais e filhos, o debate sobre temas como os usos que se faz do corpo na modernidade, abuso e assédio sexual, pornografia infantil, e pedofilia fluirá com mais facilidade e sem tantos rodeios, remorsos, banalizações e preconceitos.

domingo, 3 de janeiro de 2016

REFLEXÕES SOBRE ALFABETIZAÇÃO


                                                                                         

“Assim como alimentação, saúde, convívio social e lazer, o conhecimento é fundamental para a qualidade de vida de todo indivíduo. Quanto mais se sabe, mais se pode saber – o que sabemos nos faz melhores observadores, melhores intérpretes e, por certo, melhores cidadãos. ”

 “Pode-se ensinar muita coisa para os alunos ou negar a eles o direito de aprender. Tudo depende de apostar na sua capacidade e nas suas possibilidades, porque para ensinar muito – e bem- é preciso acreditar verdadeiramente que todo aluno é capaz e tem direito ao conhecimento. Essa crença é a maior qualidade do professor, pois é ela que orienta suas ações. ”

“Os problemas relacionados à alfabetização não são solucionados mudando-se somente e simplesmente os métodos de ensinar, ou rediscutindo os testes de prontidão ou ainda ampliando o uso de materiais e recursos didáticos. ”



        A partir dessas citações do texto O Desafio da Prática Pedagógica, mostro o que mais me identifico e ao mesmo tempo me inquieta em relação ao ato de ensinar pois acredito que ao professor não cabe apenas transmitir informações, ignorando e não aproveitando o que o aluno já sabe. No meu entendimento, é necessária uma interação professor-aluno, cabendo ao professor fazer com que seu aluno lhe diga, lhe mostre o que já sabe e o que ainda, tem interesse em saber. A troca de conhecimentos, de ideias, de possibilidades é no meu entender fundamental para o desenvolvimento pleno do aluno e de extrema importância para o processo de aprendizagem. No caso especifico da alfabetização sabemos que a orientação do professor é fundamental pois ninguém se alfabetiza sozinho sem nenhuma orientação, mas ao mesmo tempo muitos trazem uma grande capacidade de raciocínio que deve ser aproveitada mesmo que não esteja dentro dos métodos utilizados no momento.

       A alfabetização, como um processo continuado, se efetuará gradativamente sempre que não seja interrompida por mudanças radicais de métodos, estímulos e até mesmo por professores que não tenham (ou não queiram ter) comprometimento em leva-los (o aluno) ao entendimento pleno do que escreve e lê, dentro de suas vivências cotidianas. Concordo com o que diz o texto e creio necessário transformar a compreensão da língua, enquanto conteúdo da alfabetização e mudar a maneira de ensinar tendo em conta o que e como ensinar.

 Nos preocupamos demais com os métodos, materiais e técnicas para alfabetizar pois essa prática sempre esteve vinculada a escolha do melhor método. O que creio, me identifico e também me inquieta é pensar que antes de qualquer coisa devemos conhecer nossos alunos mais a fundo e ver que todos têm alguma capacidade maior ou menor, e saber aproveitar isso incentivando não só a aprender a ler e escrever, mas sim a gostar de ler e escrever e que essa pratica se torne prazerosa para nossas crianças, pois a partir da leitura e da escrita é que todas as portas do ensino se abrirão. E eu tenho uma grande responsabilidade nesse processo.