segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

INFÂNCIA E PÓS MODERNIDADE


 CARACTERÍSTICAS DO PÓS-MODERNISMO

*Imediatismo, instantâneo: tudo para agora. Imediatismo “do ser” e “do se fazer “ neste momento, agora, já; e outro sentido que as coisas não duram, são descartáveis como os desejos – o que desejo agora não é o que desejarei daqui a pouco.

*Consumo – consumir é a lei nos tempos pós-modernos, não importando se é realmente necessário, consumir por estatuas tendo ou não condições, consumo esse que não é apenas de bens materiais (descartáveis e duráveis), mas, principalmente, do consumo de significados muitas vezes produzidos por uma cultura comum e não pelo sujeito e sua cultura própria.

*Mídia – ditando regras de consumo, de comportamento, de necessidades, de posicionamento e opinião, impondo regras em relação a ser consumidor e ao que deve ser consumido.


Bauman utiliza os termos “fluidez e liquidez” para caracterizar este período em que a sociedade vive.
Não há mais espaço para o duradouro nesses tempos onde tudo se transforma rapidamente.
Hoje, questões que se mostravam seguras em tempos atrás, como trabalho e equilíbrio econômico, foram substituídos por uma insegurança pois o que tínhamos hoje como certo e seguro, amanhã já não teremos. Tudo é momentâneo em sua duração e em tempo de mudança.
Essa mesma mídia formadora da cultura do consumo também reproduz modelos e símbolos do que deve ser a “verdade”, o belo, o padrão, o aceitável, o importante no momento.
Consumir esses símbolos e seguir esses modelos é prioridade para não ficarmos à margem da sociedade.



E, no meio desse cenário, estão as crianças que hoje são o maior e mais rentável nicho do consumo mundial.
A criança da pós-modernidade está tão inserida no mundo do consumo que banalizou esse constante e variável desejo desenfreado de possuir tudo o que a mídia apresenta, como possuir o que está na moda, a marca do momento, as últimas tecnologias, sem caber julgar a importância ou a validade destas, mas sim a velocidade com que elas se atualizam. Até mesmo crianças sem poder econômico para essa constante mudança do que é o “importante agora” se veem como consumidoras não somente de bens materiais, mas também de ícones fabricados pela mídia como personagens de desenho, super-heróis e tendências da moda.

Crianças nascidas nesse mundo consumista tem maior facilidade para descartar desejos e necessidades, o que as torna não apenas um alvo fácil das propagandas, mas também lhes confere o poder de convencer as famílias ao consumo.

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