Em julho de 2016 escrevi nesta postagem em anexo que o brincar era uma de minhas maiores inquietações pois naquele momento eu estava começando a estudar a respeito e muitas dúvidas quanto a minha prática em sala de aula estavam sendo esclarecidas no momento.
A questão é que realmente o Brincar é o "grande tema" na Educação Infantil e não tenho a menor duvida de sua importância para o desenvolvimento da aprendizagem da criança. Mas infelizmente ainda vemos na pratica algumas educadoras que ainda não despertaram para a importância do brincar e muitas vezes privam as crianças de um desenvolvimento alegre e feliz como deve ser. É impossível pretender que uma criança não brinque na escola , o mundo dela é o brincar, privar a criança disso é diminuir muito as suas possibilidades. Hoje sigo pensando como antes mas conseguindo ter uma visão mais direcionada para o alcance que a brincadeira tem no aprendizado.
Em 2018 fiz um curso de extensão sobre docência na Educação Infantil e o que mais me chamou a atenção foi uma aula onde a professora Tânia Fortuna abordou o tema da infância vivendo cada vez mais indoor ou seja, dentro de casa, sozinha apenas com toda essa tecnologia disponível hoje em dia muito ao alcance das crianças e os efeitos dessa interação tecnológica sobre o comportamento de nossas crianças e jovens cada vez mais alarmantes. Estudos mostram que houve um grande impacto na cultura lúdica, ou seja,nos modos de brincar, no valor atribuído a brincadeira e no próprio repertório de jogos e brincadeiras das crianças de hoje. A capacidade de pensar, criar,analisar está sendo afetada e a criança já não é mais atraída àquelas antigas brincadeiras.
Vejo na prática, meus alunos com 5 anos preferirem jogar videogame a brincar de esconde esconde.
Porém, ainda acredito que a escola ainda tenha um papel muito importante nesse processo de proporcionar e incentivar que a criança crie suas brincadeiras de acordo aos seus interesses e consequentemente a desenvolver sua aprendizagem de uma forma mais significante.
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