Durante as
leituras feitas durante o semestre percebemos que os programas da EJA, foram constantemente interrompidos
e tiveram propostas que vão desde a erradicação do analfabetismo a continuidade
dos estudos. Embora sejam visíveis os esforços para institucionalizar a
Educação de Jovens e Adultos no Brasil, percebemos que a mesma ainda é inferiorizada
diante das demais modalidades de ensino, já que os alunos em sua maioria são
pessoas que estão à margem da sociedade.
De acordo com minha experiencia durante um ano em uma turma da EJA,pude observar que existem
dois grupos que procuram a Educação de Jovens e Adultos. O primeiro grupo é
formado por adultos e idosos que viveram em uma época em que o acesso ao ensino
era mais restrito, na maioria dos casos, foram crianças e jovens que começaram
a trabalhar muito cedo para ajudar no sustento de suas famílias ou ficavam
cuidando da casa para os pais trabalharem. O outro grupo é formado por jovens e
adultos que abandonaram a escola devido a fatores extraescolares como a pobreza
e a necessidade de trabalhar assim como meninas que muito cedo engravidaram e
abandonaram a escola, e fatores escolares, ou seja, devido a uma trajetória
escolar com muitas reprovações que favorecia a falta de estímulos levando-os a
abandonarem a escola. Diante desse quadro, nosso maior desafio era, além de
convencê-los a matricularem-se, mantê-los frequentando diariamente as aulas com
interesse, alguns depois de um dia cansativo de trabalho. As aulas deviam
atender as diversas expectativas trazidas por diferentes públicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário