domingo, 3 de dezembro de 2017

REFLETINDO SOBRE ERROS

Retomo meu portfólio com postagens, bastante atrasadas, referente ao EIXO V, e nesta primeira, faço uma reflexão sobre o que estará errado em nossas escolas, o que estará errado com nós professores?
A todo momento buscamos aplicar aquilo que pensamos, que estudamos e que achamos ideal para nossos alunos, mas não conseguimos ir muito além do planejamento pois as dificuldades são enormes e o desgaste de nossa profissão com todos os problemas que vivenciamos, profissionais e pessoais, acabam nos vencendo.
Queremos resgatar nossos alunos a fim de que se tornem pessoas melhores, cidadãos "do bem" e para isso recorremos a leituras, estudos, procuramos recursos, planejamos aulas que eles possam se interessar e manter o interesse por mais que alguns minutos. Mas o resultado não tem sido suficiente. O que fazer? Como não seguir perdendo-os?
Os jovens, hoje, estão totalmente desestimulados com a escola e isso está acontecendo cada vez mais cedo . Antes até o quarto ou quinto ano conseguíamos manter o aluno interessado e atuante, porém com toda a diversidade de estímulos tecnológicos que o mundo oferece, cada dia torna-se mais difícil manter o aluno trancado em uma sala de aula recebendo conteúdos diversos em períodos de cinquenta minutos, com regras como não falar enquanto copia, não conversar, escutar...
Estamos vivendo uma época onde tudo é rápido, quando queremos saber alguma coisa entramos no Google e em segundos obtemos várias respostas. O nosso aluno e até mesmo os mais pequenos têm pressa e estão vivendo cada vez mais com esses estímulos tecnológicos. E a escola? Está acompanhando ou segue com suas regras e suas teorias que em nada são aplicadas na prática?
Pois eu creio que a escola segue lenta apesar de ter tido alguns avanços. O aluno segue entrando para a sala de aula e ali deve permanecer, na maioria dos duzentos dias letivos, sentado em uma sala com, em média trinta carteiras dispostas em fileiras, todas olhando para frente. Sentados e preferencialmente em silêncio , devem escutar o professor, copiar o conteúdo em um caderno para estudar para provas que serão feitas perguntas a fim de que o professor possa avalia-lo no final de cada trimestre pelo que aprendeu dos conteúdos curriculares previstos.
E os interesses desse aluno, desse jovem? E o mundo que ele está vivendo? E seus possíveis problemas nas fases em que ele passa durante a vida escolar assim como suas mudanças durante o seu desenvolvimento?
O que a escola está oferecendo? Porque esse aluno deverá gostar de ir para a escola se ele vai estar trancado em uma sala, terá de ficar a maioria do tempo sentado, sem conversar, com alguns professores, que não querem envolvimento pessoal (afetivo),  despejando conteúdos que ele não está interessado?
Talvez pareça um pouco negativo de minha parte o que tenho escrito ultimamente assim como a minha visão  sobre a escola nos últimos tempos, mas tenho vivenciado e visto muitos exemplos assim. Trabalhava em uma escola com 1500 alunos, 90 professores e a maioria tem um discurso em reuniões e a prática é outra, é triste e desestimulante. 
Agora comecei a trabalhar em uma escola infantil e quando me perguntam porque quis essa mudança, respondo que mudei para poder, dentro desse sistema, fazer com que o meu trabalho deixe alguma coisa positiva para esses alunos pois nessa fase consigo fazer o meu melhor e ver resultados mesmo sabendo que , infelizmente, mais adiante eles perderão o interesse pela escola, se assim seguir funcionando.

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